quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

AQUELE DA 'MINHA CASA, MINHA VIDA'



É isso: estou de casa nova, minha casa (tá lá o boleto da caixa que não me deixa mentir), e agora sou um jovem proprietário de um singelo apê, onde cabem minhas tralhas, meus gatos e ainda posso receber alguns convidados de vez enquando.
O processo foi rápido. Tá certo que eu já vinha pensando nisso há tipos, váaaaarios anos, mas por diversos motivos (a.k.a tournees da Vaca), eu sempre adiava. Bullshit! Tudo tem seu tempo. Um belo dia acordei, botei na cabeça que eu queria, e pronto, fui atrás.
O mais difícil foi abrir mão da resistencia que eu criei, porque comprar um apartamento pra mim significa não ter mais uma vida divertida (adeus viagens!), viver para pagar prestação e chorar todo fim do mês. Ainda não me convenci do contrário, mas eu decidi me entregar a esse sentimento e dar a cara a tapa pra ver se é isso mesmo, e claro, não tava rolando de eu ficar enriquecendo a dona do apê onde eu morava antes, logo, entre dar dinheiro pra dona do apê que eu alugava, ou enriquecer o governo, obviamente, eu prefiro enriquecer o governo e pelo menos ter algo no meu nome.
Outra coisa que eu tive que abrir mão foi da comodidade. Sim, eu morava praticamente grudado no meu trabalho, e agora, digamos que eu tenha que percorrer uns 20-e-poucos KM, que no final das contas nem é tão longe assim, mas é um trecho com um trânsito super caótico (/sãopaulofeelings). Nem tem sido tão traumático assim, apenas estou acordando mais cedo madrugada pra não encarar o 'traffic jam', fora que agora finalmente eu posso escutar o meu ipod tranquilamente durante o trajeto. No final o que fica é a sensação de orgulho por finalmente ter feito algo e ter deixado de lado a preguiça e a comodidade um pouco de lado (eu disse 'um pouco', pq ainda não me sinto nem um pouco a vontade para sair de casa depois que eu chego nela).
O apê em si é interessante, o que me chamou a atenção nele enquanto procurava, foi a planta, amei a disposição dos comodos (embora tenha ficado um pouco chateado quando percebi que eu não poderia puxar o quarto do DCE para a suite para que eu fizesse um closet no futuro [/alocka]). Sou apaixonado pela varanda, que é razoável, e que tem uma vista livre (e que me garantiram que ela será livre forever). Além disso, tem milhões de armários pelos quartos (dá até pra morar dentro deles), fora que são novos, zero mofo! A cozinha é grande (e quem me conhece sabe do trauma que eu carregava por morar em um lugar que tinha uma cozinha minúsCUla, tão minúscula que eu poderia facilmente chamá-la de 'cuzinha'), agora dá até pra ficar gente nela enquanto eu cozinho. Num futuro (próximo, espero), quero derrubar a parede para integrá-la a sala, pra pelo menos quando alguem estiver cozinhando poder participar da conversa do povo que estiver na sala.
No geral tô muito contente e empolgado, só falta me convencer de que não dá pra ter tudo ONTEM, e que eu não tenho dinheiro para bancar esse desespero todo para tar uma casa decorada a tempo para sair na próxima edição da "Architectural Digest". "Pés no chão, pés no chão" é o lema/mantra/grito de ordem do momento! Tudo é questão de ajustes, de tempo e de consciência, principalmente.

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