sexta-feira, 16 de abril de 2010

AQUELE DO SURTO

Li um texto que se chamava 'licença para surtar', onde a autora falava basicamente as vantagens de sair de si de vez enquando. Concordo plenamente. Acho que tô precisando surtar, sair de si, pular de algum lugar, almejar alguma coisa. Minha vida anda muito parada, ando muito contido, e não raro eu sinto uma falta imensa de ser quem eu sou de verdade, sinto falta de não ter que pedir desculpas pelo meu jeito, sinto falta de dar vexame sem me importar com o que vão dizer. O que faço atualmente é manter uma pose de cara bem equilibrado, diplomata e que procura não se envolver profundamente com nenhuma questão, tudo para manter 'a paz'. Na verdade a vontade que eu tenho é de chutar o pau da barraca, mas nem isso consigo, não tenho forças e não consigo me movimentar, por isso é bem mais fácil e confortável assistir tudo totalmente alheio do que fazer alguma merda e assumir isso.

Eu queria sair pra tomar uma cerveja, num dia de semana, sem ter que pensar em acordar cedo no dia seguinte. Eu queria ir pra uma festa, e me divertir genuinamente, sem ter que me preocupar com as pessoas que estão ao redor, eu queria me sentir desejado de verdade, sem me importar com o fato de estar acima do peso, ou se minha roupa esta boa ou não, eu queria ter amigos divertidos, daqueles de dar risadas até de manhã, queria fumar um cigarro quando desse vontade... Tá faltando isso na minha vida, tá faltando coragem, tá faltando emoção...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

AQUELE DA FUGA

Dia desses encontrei um amigo de infancia, ele estava saindo do supermercado que fica no mesmo prédio onde fica minha academia. Nos avistamos de longe, ele me olhou, eu olhei pra ele, e rapidamente abaixei a cabeça, e saí pela tangente como se nada tivesse acontecido. Literalmente fugi. Fugi porque eu não sabia exatamente que conversa ter, aliás, não sou a melhor pessoa para se conversar amenidades e detesto aquelas coisinhas de 'okay, vamos marcar algo então' mesmo sabendo que esse encontro nunca irá acontecer.
Essa é a desculpa oficial número um (a.k.a 'conversa pra boi dormir).
Na verdade é tudo uma questão de imagem, mais precisamente relacionadas a traumas de infancia e adolescencia. Sim, eu era o garoto gordinho e chato (mas considerado o 'legal' da turma). Muitos dos meus 'amiguinhos' tinham mais interesses nas minhas coisas do que necessariamente na minha pessoa, e eu fui vítima de massacres inúmeras vezes. Bom, tive meus momentos bons tbém, não dá pra negar, mas pro contexto do post, o que interessa é exatamente o massacre.
Esse 'amigo' era o oposto, o loirinho, bonitinho e que todas as garotas desejavam, em outras palavras, o que eu queria ser, mas não era. Ele era bem mais pobre do que eu, e eu era interessante porque eu sempre tinha as melhores coisas, e as vezes acabava usando isso ao meu favor, e veja só, CERTAS COISAS NUNCA MUDAM, NÃO É MESMO?
Hoje a coisa é bem diferente, eu tomei consciencia da minha beleza (embora tenha uns ataques devastadores de baixa auto-estima), sei tbém que eu tenho outros atributos que vão bem mais alem do que beleza física, mas no fim das contas eu continuo com essa sensação de que eu tenho que mostrar algo para me sobressair, principalmente quando me sinto 'ameaçado' por outra pessoa.
Então por isso fugi, fugi porque eu estava desarrumado, porque eu estava acima do peso, e porque se fosse pra que ele me visse, eu precisaria estar 'melhor' do que ele em algum sentido, e já que ele estava ótimo (leia-se magro e bonito), e eu não tinha nenhum recurso ao meu alcance, eu fugi.
Tudo culpa do complexo de inferioridade que tomava conta de mim na infancia/adolescencia e que continua dizendo 'hi' de vez enquando.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

AQUELE DO 'SURTANDO NA TERRA DA GAROA'

Sim, fiquei do dia 16 ao dia 31 em Sao Paulo, e eu precisava deixar isso registrado aqui.
Nao que a viagem tenha sido insignificante a ponto de não receber um post digno, mas tive um certo bloqueio criativo, no sentido de não saber exatamente o que escrever.
Fui a trabalho, foi a primeira vez que viajei a trabalho e passei DOIS finais de semana longe de casa, e o surto GRI-TOU! Basicamente meu pessoal resolveu ir pra farra, usando como justificativa o simples fato de eu não estar na cidade, eu banquei o 'bem-resolvido', não comentei o fato dele sair e fiquei sofrendo em casa, pensando em tudo o que poderia acontecer na minha ausência.
Voltando a viagem...
Mania que o povo tem de achar que quando se está em São Paulo, você tem que fazer de tudo. Não, eu aprendi que não é preciso fazer de tudo para que uma viagem possa ser boa, me chamem do que quiserem, mas eu não vejo o menor problema de estar viajando e gastar um dia inteiro no quarto de um hotel sem fazer nada.
Basicamente eu fiz alguns programinhas legais, como ir até a Liberdade (fiquei de voltar depois, e não voltei), fui até Santos (que valeu somente pelas companhias agradabilissímas), teatro, cinema, shoppings e essas coisinhas. Claro que eu achei que deveria ter saido mais, e pelo menos ter pego uma balada (olha eu me traindo aqui), mas EN-FIM. Esse assunto ainda é espinhento o suficiente para ser tratado inteiramente.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

AQUELE DO "MAS EU ME MORDO DE CIUMES"

Eu já tive um histórico de ser uma pessoa ciumenta. Extremamente ciumenta. Na verdade tudo consequencia da minha insegurança. Tipos, eu não me sentia amado (ou eu esperava demais das pessoas, sei lá), me achava horrível (e logo, qquer pessoa poderia se tornar mais interessante do que eu), e isso contribuia para que eu literalmente surtasse quando me sentisse ameaçado.
Acontece que para que eu me sentisse ameaçado, não precisava de muita coisa. Bastava eu levantar da cama invocar com algo e pronto, o barraco já estava armado.
Algumas coisas mudaram desde então. Resolvi fazer a egipcia, e hoje em dia, não é qualquer coisa que me tira do sério. Na verdade eu não gosto de me sentir derespeitado ou invadido, algo do tipo, fulano saber que eu estou com alguem, e esse fulano ainda assim dar em cima do meu pessoal.
Na verdade, o que mudou mesmo é que eu aprendi a segurar a onda. Aproveitar o pouco momento de calma que me resta para refletir a respeito e avaliar se vale mesmo a pena ter um ataque de pelancas. Aliás, com o passar do tempo a gente aprende que menos é mais e dar piti de bichinha histérica não é mais hype. É muito mais chique manter-se no controle absoluto e fazer com que 'a presa' e o 'ameaçador' se sintam ridículos com a situação. Sim, isso tem seu preço, e as vezes eu tenho que engolir uns bons sapos, quando na verdade a vontade que eu tenho é de sair distribuindo porrada pra todos os lados, mas nada se compara a sensação de saber que as pessoas estão mortificadas com a sua atitude 'madura' e decente.

terça-feira, 16 de março de 2010

AQUELE DO CONCURSO PÚBLICO (A.K.A DRAMA)

Brasília é a terra prometida dos concursos públicos. Salários astronômicos, estabilidade, status e de repente da noite pro dia se tornar o integrante mais bem sucedido da sua família e esfregar na cara dos amigos que aquelas noites onde você decidiu ficar em casa estudando ao invés de sair para tomar cerveja, realmente serviram para algo. Em outras palavras: para ser feliz é preciso ser concursado. Ponto.
É quase uma seita, uma lavagem cerbral, e a gente cresce ouvindo dos pais e das pessoas, que só seremos alguem na vida a partir do momento em que passarmos em um concurso público.
Bom, após essa singela contextutalização, eu só queria declarar ao meu favor que eu gostaria muito de fazer um concurso, para ganhar mais e trabalhar menos (quero dizer, menos horas por dia). E a coisa tá preta, realmente muuuito preta, o maior grau de pretura que existe na face da terra!
As técnicas de estudo estão cada vez mais avançadas, todo mundo está fazendo cursinhos preparatórios mirabolantes com as maiores referências, o assunto ganhou tamanho destaque que até em noites de bebedeiras em mesas de bar não se fala em outra coisa, e every-fuckin-single-person-in-this-world vai prestar algum concurso e aparentemente está mais bem preparado do que eu.
Noutro dia fui feliz da vida comprar uma apostila vagabunda para eu estudar usar como peso para segurar a porta da cozinha, crente de que aquilo seria o suficiente para me garantir um cargo maravillhoso, em um lugar lindo com um salário perfeito... Céus, porque eu continuo me iludindo desta maneira?

sexta-feira, 5 de março de 2010

AQUELE TOP 5 DOS ELOS PERDIDOS (A.K.A VIAGENS QUE EU FARIA NOVAMENTE)

Momento nostalgia ou 'preciso-de-férias'. Sempre torro muito dinheiro quando viajo, e as voltas sempre são acompanhadas de choradeira e ranger de dentes, mas em compensação o que foi vivido antes não tem preço, e aquela sensação de bateria recarregada é maravilhosa. Às vezes eu sinto que nem preciso fazer muita coisa, basta estar em outro lugar (com o minímo de conforto possível, claro).

1.Orlando
Simples. A viagem foi ótima, porém eu estava numa fase atribulada do meu relacionamento que acabou por tornar a viagem um pouco menos divertida do que ela poderia ter sido, daí ficou essa sensação de que tenho que voltar lá e curtir tudo o que eu tenho que curtir pra apagar essa última impressão. (ótima desculpa!)

2.New York
Voltarei a NY sempre que eu puder. Não sei exatamente o que há por trás que faz com que NY seja tão fascinante assim. Engraçado que dia desses uma colega de trabalho que conhece e ama a Europa, mas que nunca foi aos EUA, veio me perguntar o que tinha pra se fazer em NY, fiquei mudo por alguns minutos, pensando, até que eu me dei conta de que pra mim só de estar lá, sem fazer absolutamente nada já é grande coisa (mas sim, tem muito o que se fazer por lá).

3.Região dos Lagos
Sensação terrível de 'coitus interruptus': uma cidade lindissíma, praia (já diz tudo) e um mísero dia pra curtir tudo. Não dá! Preciso voltar urgente para passar no mínimo uma semaninha rodando por Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo.

4.Salvador
Sempre Salvador. Fatalmente eu acabo vinculado os bons momentos que eu tive durante a viagem ao lugar, porém não existe garantias de que obrigatoriamente os bons momentos se repetirão, mas o lugar ajuda no sentido de se ter bons momentos, mesmo que não sejam exatamente iguais aqueles que eu já tive anteriormente.

5.Buenos Aires
Terceira vez? Porque não? A primeira foi boa, mas a segunda foi infinitamente beeeeem melhor, e a terceira pode ser melhor ainda! Cidade bonita, gente bonita, coisas baratas. Come-se bem, anda-se tranquilamente para todos os lados e porque não voltar?

quarta-feira, 3 de março de 2010

AQUELE DA ENCRENCA

Pois é.
Não quero nada com nada, não faço nada, não me esforço.
Concordo e não concordo, porque a sensação que eu tenho é que de alguma forma eu não sou reconhecido pelo mínimo que eu faço.
Lado de lá insatisfeito. Lado de cá se sentindo pressionado.
Pior que eu não sei o que fazer.
Não consigo pensar em nada, sequer me mexer.
Tudo parece forçado, previsível e nada convincente.
(I fuc*ed it up... again!)